Hélène Cixous (nascida em 1937) é escritora e filósofa.
Transgredindo os limites da linguagem académica, com e através da linguagem poética, é profundamente elogiada tanto pelo seu estilo de escrita como pela sua prática experimental, que atravessam muitos discursos.
Teórica amplamente reconhecida, bem como romancista, dramaturga e poeta, Cixous lançou e desenvolveu novos modelos de educação. Muita da sua notoriedade desenvolveu-se em torno da écriture feminine, um método e prática que aborda a sua preocupação constante com a diferença, a exclusão e o logocentrismo.
Estas ideias foram desenvolvidas no seu ensaio Le Rire de la Méduse, de 1975, considerado um texto-chave para o conceito de écriture feminine, onde são abordadas questões ligadas à libertação da escrita e libertação do ego através da escrita.
A obra de Cixous é extremamente rica e extensa, dela fazendo parte, entre outros, os seguintes títulos: L’Exil de James Joyce ou l’ art du remplacement (1968), Dedans (1969), Angst (1977), With ou l’art de l’innocence (1981), Le Livre de Promethea (1983), L’Heure de Clarice Lispector (1989), Insister. À Jacques Derrida (2006), Ayaï ! Le Cri de la littérature (2013), Homère est morte (2014), ou Gare d’Osnabrük à Jérusalem (2016). Recebeu vários prémios, entre os quais se destaca o Prix Marguerite Duras (2014), o Prix de la Langue Française (2014), e distinções, como Officier de la Légion d’Honneur (2014), ou os doutoramentos Honoris Causa das mais prestigiadas universidades.